Acidentes em caldeiras pela falta de água: o que fazer e como se prevenir?

Acidentes em caldeiras pela falta de água: o que fazer e como se prevenir?

Acidentes em caldeiras são sempre muito impactantes para a indústria e para a sociedade, seja pela destruição causada ou pelas vidas perdidas. Mas você sabia que dentre as várias causas de acidentes em caldeiras, uma das principais, fatais ou não, é a falta de água?

Toda caldeira tem como objetivo fazer o aquecimento da água, transformando-a em vapor sob pressão, que será utilizado para alimentar máquinas térmicas. Porém, um sistema de alimentação de água ineficiente pode fazer com que os tubos da caldeira superaqueçam, causando, em casos mais graves, o colapso da estrutura.

Por isso, é bastante importante que você saiba o que fazer na ineficiência de água de alimentação da caldeira, assim como quais são as medidas preventivas para que este problema não aconteça.

 

Falta de água de alimentação: Maior causador de acidentes em caldeiras

Caldeiras são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob elevada pressão e temperatura, utilizando para isso diferentes fontes de energia, ou seja, a função é a de gerar vapor através da evaporação da água ocorrida pela adição de calor.

Dessa forma, a combustão (queima do combustível) fornece calor para os tubos. Estes, são resfriados pela água, que ao absorver calor, é aquecida e evapora, sendo transformada em vapor. 

Sendo assim, a evaporação da água funciona como um ativador do sistema de alimentação de água da caldeira, que mantém o nível dentro dos limites (alto e baixo) aceitáveis. No entanto, a ineficiência do sistema de alimentação de água pode ser um problema, já que pode fazer com que os tubos sejam aquecidos constantemente. 

Nessa condição, 2 possíveis cenários de risco causadores de acidentes em caldeiras podem ser presenciados:

Cenário 1: Quando superaquecidos, os tubos atingem temperatura limite (600°C) na qual perdem propriedades mecânicas, ocasionando o rompimento da caldeira em operação. 

Com isso, ocorre o vazamento da água da caldeira (pressurizada) para a fornalha (não pressurizada), que causa a evaporação e expansão instantânea do vapor, resultando na explosão do gerador de vapor.

Cenário 2: Os tubos se mantêm superaquecidos, porém sem rompimento. Na eventual reposição de água, o contato da água de alimentação na superfície quente causa evaporação e expansão instantânea, com isso os tubos e os costados da caldeira podem se romper.

 

Faltou água na caldeira: o que fazer?

Quando há falta de água de alimentação, o risco de acidentes em caldeiras torna-se iminente, já que a pressão atinge níveis elevadíssimos. Por isso, um procedimento emergencial deve ser adotado o quanto antes. 

Em um primeiro momento é preciso cortar o combustível, ou seja, cortar o oxigênio para que não seja gerado mais calor dentro do sistema. Logo em seguida é essencial abrir as válvulas de pressão que ficam em cima da caldeira, aliviando assim a pressão da caldeira.

Por fim, é preciso deixar a caldeira esfriar, e esse processo de esfriamento demora de 1 a 3 dias, dependendo da caldeira. O operador da caldeira não deve “acelerar” o resfriamento, já que o risco de acidentes em caldeiras é ainda grande, quando elas estão sob alta temperatura.

 

Medidas preventivas para evitar acidentes em caldeiras pela falta de água

Melhor do que adotar ações emergenciais para evitar acidentes em caldeiras é adotar medidas de prevenção para que este tipo de problema nunca aconteça. Neste cenário, a NR-13 tem algumas recomendações que devem ser seguidas por todo operador de caldeira, principalmente relacionadas à inspeção e à manutenção.

Entre as disposições gerais, a NR-13 ressalta a importância de um profissional que seja habilitado a exercer a função. Cabe a ele acompanhar o projeto de construção, acompanhamento de operação, manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão.

A NR-13 explicita que as caldeiras devem ser dotadas de sistema automático de controle de nível, com intertravamento que evite o superaquecimento por alimentação deficiente de água. 

Também explicita que as caldeiras da categoria B com queima de combustível líquido ou gasoso devem dispor de SGC (Sistema de Gerenciamento de Combustão), prevendo as seguintes funções:

  • Proteção contra nível baixo;
  • Sequenciamento de purga e acendimento;
  • Teste de estanqueidade de válvulas de bloqueio;
  • Proteção de pressão alta e baixa de combustível;
  • Proteção de falha de chama.

Com essas medidas preventivas, o risco de acidentes em caldeiras pela falta de água será reduzido de forma significativa, mantendo o bom funcionamento do equipamento, assim como a segurança dos operadores.

 

Para saber mais sobre caldeiras, válvulas e principais combustíveis utilizados, convidamos você a conferir o blog da MBX Máquinas.

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